Creio que o animal que somos, o mais poderoso do planeta, tem algo de divino, seja lá o que isso for. E está a chegar à maturidade. É certo que basta abrir o jornal para lhe negarmos a tal maturidade. Mas são as dores de parto. Está à vista de todos que a forma como ainda vivemos, com agressões infantis que seriam resolvidas com uma conversa franca, não pode continuar, não é viável que continue. Pelo menos desde que inventámos a agricultura, há uns escassos 10 000 anos, que defendemos os nossos campos, que tomamos a Terra, que não tem dono, como propriedade nossa, que fazemos fronteiras. Mas até a Terra está a reagir à nossa prepotência, até a Mãe Natureza nos pede que ganhemos juízo. O individualismo é óptimo, como o é a Liberdade mas com a contrapartida da solidariedade, da consciência de que os outros não são tão estranhos, de que somos um. Há quem reaja violentamente a esta ideia, quem tenha medo, quais adolescentes que não querem crescer, é certo; coisa temporár...