Maturidade

Creio que o animal que somos, o mais poderoso do planeta, tem algo de divino, seja lá o que isso for. E está a chegar à maturidade. 

É certo que basta abrir o jornal para lhe negarmos a tal maturidade. Mas são as dores de parto. Está à vista de todos que a forma como ainda vivemos, com agressões infantis que seriam resolvidas com uma conversa franca, não pode continuar, não é viável que continue.

Pelo menos desde que inventámos a agricultura, há uns escassos 10 000 anos, que defendemos os nossos campos, que tomamos a Terra, que não tem dono, como propriedade nossa, que fazemos fronteiras. Mas até a Terra está a reagir à nossa prepotência, até a Mãe Natureza nos pede que ganhemos juízo. O individualismo é óptimo, como o é a Liberdade mas com a contrapartida da solidariedade, da consciência de que os outros não são tão estranhos, de que somos um. Há quem reaja violentamente a esta ideia, quem tenha medo, quais adolescentes que não querem crescer, é certo; coisa temporária, a evidência impor-se-á.

E veremos a guerra como uma estupidez arcaica, veremos que pode ser muito melhor para todos pôr a ciência e a técnica a resolver os nossos assuntos primitivos, de sobrevivência, e que temos, pela frente, um paraíso terrestre a construir, uma Natureza para admirar e acarinhar, uma galáxia com que sonhar.

A Revolução Informática em curso estará clara dentro de dois ou três anos, oxalá criemos a Democracia mas, seja lá como for, a estupidez de vivermos em oligarquia, de darmos o poder político a uns poucos, tem os dias contados.

 

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