Escassez
Mesmo sem partilhar a ingenuidade de Jean Jaques Rousseau, o animal que somos parece almejar a cordialidade para com os seus semelhantes e mostra compaixão -- a não ser que seja vítima do medo. O medo da escassez, da miséria, leva-nos a procurar os privilégios, a segurança de um bom lugar na hierarquia social -- ou seja, leva-nos a aceitá-la, quando a dita hierarquia deixou de ser necessária, deixou de fazer sentido, com a Revolução Informática.
A propriedade é produto da escassez, é a procura da segurança. E a defesa do grupo, da família à nação, é produto do medo que, em abundância global, não existiria. Os fascismos, o medo dos imigrantes, nascem da escassez subjectiva, pois nem mesmo é real.
Não é difícil apercebermo-nos de que a automatização da indústria, com o crescimento exponencial em que está, levará a um aumento de produtividade antes inimaginável e, necessariamente, a uma abundância que chegará (ultrapassada a estrutura oligárquica) para que os 7500 milhões que somos tenham a vida desafogada da actual classe média.
Porém, o medo poderá atrasar a criação de uma nova estrutura, atrasar o fim da oligarquia e o início da democracia.
A Sociedade de Consumo, a criação contínua de necessidades falsas com que o sistema capitalista se adornou, levou a noção de escassez a incluir, por exemplo, a falta de um televisor no quarto de dormir. E o medo da escassez é o adversário da democracia, a qual, objectivamente possível, ainda é, subjectivamente, assustadora para os consumistas, que todos somos manipulados a ser.
A consciência, no sentido lato, parece ser o caminho da liberdade.
A propriedade é produto da escassez, é a procura da segurança. E a defesa do grupo, da família à nação, é produto do medo que, em abundância global, não existiria. Os fascismos, o medo dos imigrantes, nascem da escassez subjectiva, pois nem mesmo é real.
Não é difícil apercebermo-nos de que a automatização da indústria, com o crescimento exponencial em que está, levará a um aumento de produtividade antes inimaginável e, necessariamente, a uma abundância que chegará (ultrapassada a estrutura oligárquica) para que os 7500 milhões que somos tenham a vida desafogada da actual classe média.
Porém, o medo poderá atrasar a criação de uma nova estrutura, atrasar o fim da oligarquia e o início da democracia.
A Sociedade de Consumo, a criação contínua de necessidades falsas com que o sistema capitalista se adornou, levou a noção de escassez a incluir, por exemplo, a falta de um televisor no quarto de dormir. E o medo da escassez é o adversário da democracia, a qual, objectivamente possível, ainda é, subjectivamente, assustadora para os consumistas, que todos somos manipulados a ser.
A consciência, no sentido lato, parece ser o caminho da liberdade.
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"Da discussão nasce a luz"