O medo
A fala e a escrita são materializações do pensamento, nunca tão claras como ele, com as suas sombras, que realçam o que ilumina.
Há um número infinito de pontos de vista sobre cada assunto, se é que se pode separar cada assunto do "todo" de "assuntos". O pensamento é o limitado instrumento da nossa limitada mente para dar sentido ao mistério.
Se usarmos o critério da eficácia para o nosso bem-estar, físico e psíquico, há pensamentos melhores que outros. A ideia de que o medo é útil é útil mas opõe-se à ideia de que não convém ter medo. Esta última é mais útil, embora, como sempre, a verdade esteja no paradoxo, na complexidade do todo.
Há trabalhos que nos mostram, até com a descrição do mecanismo químico, como o medo prolongado, o "stress", prejudica o corpo. O prejuízo psíquico é evidente, a liberdade de pensamento sofre.
Não é preciso ser católico, muito menos acreditar nos dogmas, como na polémica ideia, mesmo para os crentes, da infalibilidade papal, para reconhecer um acerto, até terapêutico, na frase que o papa Francisco repetiu aos jovens: "não tenhais medo".
O medo da recente "pandemia", que se foi alimentando a si mesmo e foi alimentado pela comunicação social, levou as pessoas a fazerem fila para receberem um producto não testado, que só foi aprovado pelas organizações competentes para isso com o argumento da "emergência", o medo. Hoje sabemos que o producto, além de não prevenir a infecção respiratória vírica, é tóxico, responsável por uma percentagem não dispicienda de mortes, visíveis nas estatísticas, sobretudo nas nações mais "vacinadas", como no nosso país e em Israel. Mas os estudos oficiais sobre a relação entre "vacina" e mortalidade não são feitos, parece que a sociedade tem medo de reconhecer que foi enganada.
A ideia de que vivemos em oligarquia, de que o poder político está nas mão de uns poucos, os donos do dinheiro (e da sua produção), e a ideia de que esses poucos são cada vez menos numerosos, é quase evidente em si mesma. Então, porque nos não esforçamos por tirar o poder político à oligarquia financeira?
A resposta creio que está no medo. O medo da mudança, o medo do desconhecido, o medo. A grande arma do poder político, desde sempre.
Sem ele decerto estaríamos todos imaginando as formas de criar uma democracia real, demonstrado que está que a "democracia representativa" representa a oligarquia.
Os oficiais que, em 25 de Abril de 1974, acabaram com a "ditadura militar", que o exército instituíra em 1926, decerto sentiram medo. Mas "contaram as espingardas" e aperceberam-se de que o tempo e o povo pediam que o fizessem. Apoiaram-se no povo, escolheram a democracia, acreditaram que "o povo unido jamais será vencido". É certo que se limitaram a restaurar, entre nós, a democracia representativa, que viam na Europa bem sucedida, inscientes de que estavam entregando o poder político a uma oligarquia, a prazo. Mas conscientes de que era o que podiam e deviam fazer.
Hoje o grande adversário da possível consciência das pessoas e do seu poder de criar uma forma contemporânea de democracia é a propaganda. A oligarquia dispõe de um poder de propaganda com o qual Adolph Hitler e Joseph Goebbels não saberiam sonhar.
Se comptabilizarmos os inconvenientes (em rápido crescimento) do sistema político em que vivemos, da oligarquia, que usa o império marítimo americano, poderemos facilmente concluir que o medo não é bom conselheiro, que a mudança se impõe, evidente em si mesma ("self evident", como dizia a revolução anterior, em 1776). Essa consciência seria o primeiro passo para uma libertação.
A consciência, que vamos tendo cada vez mais, de que a informação de que dispomos não é credível pode ter esse resultado. Aí, a ideia de que o medo não é bom conselheiro poderia fazer o seu caminho. E novos Clístenes, informáticos, apareceriam, reinventaríamos a Democracia.
É mais bonito viver com esperança que com medo! E mais sensato.
Deixo aqui um artigo de Andre Vltchek, jornalista russo naturalizado americano, de 2014, indignado com a "Cegueira e Surdez do Ocidente".
E. também, uma aula de filosofia.
E um senhor que era encarregado pela Administração Americana, na passagem do século, de procurar sinais de preparação de guerra biológica e que nos diz que é preciso acabar com a Organização Mundial de saúde (WHO).
E aqui fica:
The People's Declaration
I am opposed to the centralization of power into the hands of unelected, unaccountable and largely unknown bureaucrats through the negotiation of international agreements that absolutely do not reflect the wishes of the people of the world.
I am opposed to what is essentially biological weapons research, regardless of whether it is referred to as vaccine research, gain-of-function research, dual use research of concern, or by any other name. This type of research must not be expanded. It must be stopped.
I am opposed to the use of terrorism and fear-mongering, including in the form of propaganda and censorship, and I am opposed to the weaponization of injectable substances that are masquerading as “vaccines” and are being pushed upon men, women and children around the world without their informed consent.
I reject the “Political Declaration of the United Nations General Assembly High-level Meeting on Pandemic Prevention, Preparedness and Response” because I do not consent to spending up to $30 billion dollars per year to “promote the fair, equitable and timely sharing of benefits arising from the use of pathogens with pandemic potential.”
I also reject the WHO CA+ Framework Convention, commonly known as the “Pandemic Treaty” for a multitude of reasons, including its call for a Pathogen Access and Benefits Sharing System that “aims to ensure timely access to pathogens with pandemic potential and the corresponding benefit-sharing.”
I also reject the proposed Amendments to the International Health Regulations for a multitude of reasons, including the amendments to Annex 1 (submitted by India) that call for the “timely exchange of biological materials and genetic sequence data to WHO” in return for unspecified “benefits.”
The needs of the people of the world have been ignored for far too long. Planning to spend tens of billions of dollars to increase the profits of the Pharmaceutical Hospital Emergency Industrial Complex under the guise of “equity” is simply not acceptable.
I do not consent. #ExitTheWHO
The Peoples Declaration.com
Interessante.
ResponderEliminar“Então, porque nos não esforçamos por tirar o poder político à oligarquia financeira?” Creio que para a grande maioria, o que impede esse esforço é o crónico “não vale a pena”. Talvez o “não vale a pena” seja sinónimo de medo, mas acho que não chega a tanto: é um senso colectivo (comum) de ineficácia, de incapacidade de realizar o que quer que seja face aos previsíveis obstáculos.
Lembro a frase de Fernando Pessoa, "Tudo vale a pena se a alma não é pequena". Como sempre ele brincava, no que escrevia, as almas não têm dimensão, nem tempo nem espaço ;-) Sim! Claro que vale a pena, é o bom-senso, com o tempo será o senso comum!
EliminarE deixo aqui um fragmento de um dos inúmeros textos de Fernando Pessoa,que encontrei hoje, num artigo de Jorge Uribe, e que terá inspirado o "post":
Eliminar“Contava as mortes que tivera na familia – não ouvi bem quaes eram – somava as magoas que ellas lhe haviam causado, e, de repente, sem aviso ao universo, sem poder reparar no que dizia nem repararmos nós os que o escutavamos, remata, a erguer a chavena do café já sem fumo: “Assim é a vida, mas eu não concordo”. Foi esta a phrase e eu só queria, ao relembral-a, a gloria de a poder ter inventado. Os blasfemadores todos ficaram pobres por essa frase ter sido dita. Ella é a expressão classica e hieratica d’aquillo de que elles são os romanticos e os contorcionistas (cf. supra nota 23).”