Perigo
É cada dia mais visível que o fim da era da Revolução Industrial e o princípio da era da Revolução Informática, trará uma reorganização das sociedades humanas.
Uma transformação tão estrutural como a que se passou no século XVIII (e continuou até hoje), uma "mudança de paradigma".
A democracia autêntica seria, para muitos de nós, uma peça chave da nova organização das sociedades humanas. Mas a "revolução em curso" não consiste apenas em escolhermos o regime político; essa escolha, porém, em tempos de tão evidente mudança, é muito importante: há quem imagine os méritos da tirania, há um movimento internacional neo-fascista, o que, para a nossa civilização, seria um seriíssimo revés.
Em cada momento fazemos escolhas e podemos dizer, com razoável objectividade, que somos livres, que isso faz parte da "condição humana". Escolho cada palavra que escrevo...
Mas há quem pense que o destino foi tecido pelas Erínias, ou que ele depende apenas da vontade de Alá, ou que os nossos condicionamentos, sociológicos e biológicos nos não deixam ser livres -- é possível que os que nos consideramos, e à humanidade, como responsáveis pelo nosso destino, o consideremos apenas porque, sem a liberdade, a vida nos pareceria um pesadelo.
Há sempre vários pontos de vista, por isso a discussão e a votação das escolhas possíveis me parece preferível à guerra. Porém, não há dúvida que a guerra, na história, foi escolhida demasiadas vezes, vezes suficientes para haver quem a tome por inevitável.
Mas, ao contrário das leis da Física, as "leis" das sociedades humanas não nos permitem dizer que o que foi sempre assim, assim continuará a ser. Sempre o instinto de sobrevivência se impôs ao instinto de solidariedade, que nem mesmo é reconhecido por todos como biológico e "real". O instinto de sobrevivência, se racional, evitaria a guerra e a miséria de tantos milhões de seres humanos, porém.
Será que um instinto pode usar a razão, para ser mais eficaz? -- Não é impossível.
A minha tese, como todas as teses, precisa de ser comprovada pela experiência, e só o tempo a comprovará ou infirmará. A minha tese é a de que se está a passar uma evolução do animal que somos (não só os materialistas mas mesmo os espiritualistas aceitam que "também" somos um animal) e que um aumento de consciência nos levará a rejeitar a "solução" da guerra.
Devo dizer ao leitor que não escolho entre as filosofias materialistas e as espiritualistas. Escolho, como F. Pessoa, dizer que "a Verdade está no paradoxo".
Uma oligarquia internacional controla todas as sociedades humanas, dirigindo as leis para o objectivo do "lucro", convencendo-nos de que, por aí, as pessoas serão beneficiadas. Ora, se (um "se" muito grande!) as pessoas escolherem libertarem-se da oligarquia, esta prepara-se para apresentar a tirania (evidentemente sob o seu controlo) como uma boa alternativa. Esse aumento da consciência das pessoas é crucial, a preguiça de pensar pode levar muita gente a apoiar os fascismos.
Uma transformação tão estrutural como a que se passou no século XVIII (e continuou até hoje), uma "mudança de paradigma".
A democracia autêntica seria, para muitos de nós, uma peça chave da nova organização das sociedades humanas. Mas a "revolução em curso" não consiste apenas em escolhermos o regime político; essa escolha, porém, em tempos de tão evidente mudança, é muito importante: há quem imagine os méritos da tirania, há um movimento internacional neo-fascista, o que, para a nossa civilização, seria um seriíssimo revés.
Em cada momento fazemos escolhas e podemos dizer, com razoável objectividade, que somos livres, que isso faz parte da "condição humana". Escolho cada palavra que escrevo...
Mas há quem pense que o destino foi tecido pelas Erínias, ou que ele depende apenas da vontade de Alá, ou que os nossos condicionamentos, sociológicos e biológicos nos não deixam ser livres -- é possível que os que nos consideramos, e à humanidade, como responsáveis pelo nosso destino, o consideremos apenas porque, sem a liberdade, a vida nos pareceria um pesadelo.
Há sempre vários pontos de vista, por isso a discussão e a votação das escolhas possíveis me parece preferível à guerra. Porém, não há dúvida que a guerra, na história, foi escolhida demasiadas vezes, vezes suficientes para haver quem a tome por inevitável.
Mas, ao contrário das leis da Física, as "leis" das sociedades humanas não nos permitem dizer que o que foi sempre assim, assim continuará a ser. Sempre o instinto de sobrevivência se impôs ao instinto de solidariedade, que nem mesmo é reconhecido por todos como biológico e "real". O instinto de sobrevivência, se racional, evitaria a guerra e a miséria de tantos milhões de seres humanos, porém.
Será que um instinto pode usar a razão, para ser mais eficaz? -- Não é impossível.
A minha tese, como todas as teses, precisa de ser comprovada pela experiência, e só o tempo a comprovará ou infirmará. A minha tese é a de que se está a passar uma evolução do animal que somos (não só os materialistas mas mesmo os espiritualistas aceitam que "também" somos um animal) e que um aumento de consciência nos levará a rejeitar a "solução" da guerra.
Devo dizer ao leitor que não escolho entre as filosofias materialistas e as espiritualistas. Escolho, como F. Pessoa, dizer que "a Verdade está no paradoxo".
Uma oligarquia internacional controla todas as sociedades humanas, dirigindo as leis para o objectivo do "lucro", convencendo-nos de que, por aí, as pessoas serão beneficiadas. Ora, se (um "se" muito grande!) as pessoas escolherem libertarem-se da oligarquia, esta prepara-se para apresentar a tirania (evidentemente sob o seu controlo) como uma boa alternativa. Esse aumento da consciência das pessoas é crucial, a preguiça de pensar pode levar muita gente a apoiar os fascismos.
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"Da discussão nasce a luz"