Independência
Em Portugal, a expressão inglesa fair play, não se refere apenas a um jogo limpo, justo, mas significa uma elegância no jogar , que respeita o adversário, uma poética do jogo.
Podemos dizer que os ingleses tiveram fair play com a Escócia, permitindo um referendo que os comprometia a aceitar a possível derrota, a possível independência da Escócia, embora tenham lutado com um argumento inestético, a ameaça de que a Escócia deixaria de estar na UE.
Os castelhanos, seus (e nossos!) velhos adversários nas guerras europeias, desconhecem o que seja o fair play. Proibiram o referendo catalão e mandaram a polícia confiscar as urnas.
Assim como uma pessoa tem que ser independente antes de ser interdependente, assim os países. As relações humanas de domínio não podem ser chamadas de civilizadas, assim como as relações entre os povos. Há jugos difíceis de sacudir, como o do Império Romano, e, reconhecendo as vantagens que os povos subjugados tiveram com ele, importa lembrar que a terra foi distribuída pelos centuriões e que a servidão é preço que só pela força poderia ter sido aceite.
Outra coisa é uma associação de povos soberanos, como foi a Comunidade Económica Europeia, hoje instrumento do Império da Oligarquia, mas que não nasceu de conquista, nasceu da vontade de interdependência de povos independentes.
Se a Civilização europeia continuar, se corrigir os desvios da sua linha, que é a dos direitos humanos, Castela acabará por reconhecer o direito à independência dos povos conquistados e um novo referendo catalão poderá confirmar a vontade da Catalunha de ser uma República livre e de se associar à União Europeia democratizada, numa interdependência com vantagens mútuas.
O nacionalismo, per se, não precisa de ser reaccionário, como o Espanhol, muito menos de levar à convicção de que um povo pode dominar outros, como aconteceu com a Alemanha dos anos 30, pode ser uma afirmação de independência, como o catalão, pode levar a mais civilização.
A estratégia de luta não violenta que é a catalã, apesar dos recentes e infelizes incidentes, pode ser o alvorecer de uma libertação dos povos, pode ser uma experiência para a luta não violenta, que todos eles acabarão por fazer, contra a oligarquia internacional; pode ser o encontrar de uma forma pacífica para a transição para um mundo de povos livres e interdependentes. Com regras muito básicas para a convivência, os direitos humanos e o respeito mútuo. A Globalização (!) de povos livres. Em vez de um Império de uns poucos, os que cunham a moeda e a emprestam com juros.
Podemos dizer que os ingleses tiveram fair play com a Escócia, permitindo um referendo que os comprometia a aceitar a possível derrota, a possível independência da Escócia, embora tenham lutado com um argumento inestético, a ameaça de que a Escócia deixaria de estar na UE.
Os castelhanos, seus (e nossos!) velhos adversários nas guerras europeias, desconhecem o que seja o fair play. Proibiram o referendo catalão e mandaram a polícia confiscar as urnas.
Assim como uma pessoa tem que ser independente antes de ser interdependente, assim os países. As relações humanas de domínio não podem ser chamadas de civilizadas, assim como as relações entre os povos. Há jugos difíceis de sacudir, como o do Império Romano, e, reconhecendo as vantagens que os povos subjugados tiveram com ele, importa lembrar que a terra foi distribuída pelos centuriões e que a servidão é preço que só pela força poderia ter sido aceite.
Outra coisa é uma associação de povos soberanos, como foi a Comunidade Económica Europeia, hoje instrumento do Império da Oligarquia, mas que não nasceu de conquista, nasceu da vontade de interdependência de povos independentes.
Se a Civilização europeia continuar, se corrigir os desvios da sua linha, que é a dos direitos humanos, Castela acabará por reconhecer o direito à independência dos povos conquistados e um novo referendo catalão poderá confirmar a vontade da Catalunha de ser uma República livre e de se associar à União Europeia democratizada, numa interdependência com vantagens mútuas.
O nacionalismo, per se, não precisa de ser reaccionário, como o Espanhol, muito menos de levar à convicção de que um povo pode dominar outros, como aconteceu com a Alemanha dos anos 30, pode ser uma afirmação de independência, como o catalão, pode levar a mais civilização.
A estratégia de luta não violenta que é a catalã, apesar dos recentes e infelizes incidentes, pode ser o alvorecer de uma libertação dos povos, pode ser uma experiência para a luta não violenta, que todos eles acabarão por fazer, contra a oligarquia internacional; pode ser o encontrar de uma forma pacífica para a transição para um mundo de povos livres e interdependentes. Com regras muito básicas para a convivência, os direitos humanos e o respeito mútuo. A Globalização (!) de povos livres. Em vez de um Império de uns poucos, os que cunham a moeda e a emprestam com juros.
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